sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Salgueiro é amor que mora no peito 
Com todo respeito, o rei da folia 
Eu sou o cordel branco e encarnado 
"danado" pra versar na academia 

Sou "cabra da peste" 
Oh minha "fia", eu vim de longe pro salgueiro 
Em trovas, errante, guardei 
Rainhas e reis e até heróico bandoleiro 
Na feira vi o meu reinado que surgia 
Qual folhetim, mais um "cadim, vixe maria!" 
Os doze do imperador 
Que conquistou o romanceiro popular 
Viagem na barca, a ave encantada 
Amor que vence na lenda 
Mistério pairando no ar 

Cabra macho justiceiro 
Virgulino, é lampião! 
Salve, antônio conselheiro 
O profeta do sertão 

Vá de retro, sai assombração 
Volta pra ilusão do além 
No repente do verso 
O "bicho" perverso não pega ninguém 
Oh meu "padinho", venha me abençoar 
Meu santo é forte, desse "cão" vai me apartar 
Quero chegar ao céu num sonho divinal... 
É carnaval! é carnaval! 
Salgueiro, teus trovadores são poetas da canção 
Traz sua côrte, é dia de coroação 
Não se "avexe" não 

Nenhum comentário:

Postar um comentário