sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Semba de lá, que eu sambo de cá 
Já clareou o dia de paz 
Vai ressoar o canto livre 
Nos meus tambores, o sonho vive 

Vibra óh minha vila 
A sua alma tem negra vocação 
Somos a pura raiz do samba 
Bate meu peito à sua pulsação 
Incorpora outra vez kizomba e segue na missão 
Tambor africano ecoando, solo feiticeiro 
Na cor da pele, o negro 
Fogo aos olhos que invadem, 
Pra quem é de lá 
Forja o orgulho, chama pra lutar 

Reina ginga ê matamba vem ver a lua de luanda nos guiar 
Reina ginga ê matamba negra de zambi, sua terra é seu altar 

Somos cultura que embarca 
Navio negreiro, correntes da escravidão 
Temos o sangue de angola 
Correndo na veia, luta e libertação 
A saga de ancestrais 
Que por aqui perpetuou 
A fé, os rituais, um elo de amor 
Pelos terreiros (dança, jongo, capoeira) 
Nasci o samba (ao sabor de um chorinho) 
Tia ciata embalou 
Com braços de violões e cavaquinhos a tocar 
Nesse cortejo (a herança verdadeira) 
A nossa vila (agradece com carinho) 
Viva o povo de angola e o negro rei martinho 

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