sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A luz que vem do céu 
Brilhou no meu olhar 
Trazendo a esperança 
Que os anjos vêm anunciar 
Lutar sem desistir 
Das cinzas renascer 
Eu encontrei na fé 
A força pra vencer 
A felicidade mandou avisar 
É preciso superar 


Derrubar o "gigante" eu vou 
É lição de coragem e amor 
Eu sou "guerreiro do bem" vou caminhar 
A minha história vai te emocionar 

A arte de viver... 
É aprender no dia a dia 
Usando a imaginação 
Ao som da melodia 
Posso enxergar... 
Sei que meu coração vai me guiar 
Eu sigo em frente sem desanimar 
Faço da vida um grande "festival" 
Acreditar que pra sonhar não há limitações 
A "roda gira" e traz a solução 
Me dê a sua mão por liberdade 
Sou brasileiro mandei a tristeza embora 
Eu "tô" sentindo que chegou a nossa hora 

Quem me viu chorar... Vai me ver sorrir 
Eu acredito em você... Pro desafio 
E abro meu coração, cantando a minha emoção 
Superação é o carnaval da Grande Rio

A minha emoção vai te convidar 
Canta Tijuca vem comemorar 
Inté Asa Branca encontra o pavão 
Pra coroar o Rei do Sertão 

Nessa viagem arretada 
Lua clareia a inspiração 
Vejo a realeza encantada 
Com as belezas do sertão! 
Chuva, sol meu olhar 
Brilhou em terra distante 
Ai que visão deslumbrante, se avexe não! 
Muié rendá é rendeira 
E no tempero da feira 
O barro, o mestre, a criação! 

Mandacaru a flor do cangaço 
Tem xote menina nesse arrasta pé 
Oh! Meu padim, santo abençoado 
É promessa eu pago, me guia na fé 

Em cada estação, a triste partida 
Eu vi no caminho vida severina 
Á margem do Chico espantei o mal 
Bordando o folclore raiz cultural 
Simbora que a noite já vem, 
Saudades do meu São João 
Respeita Véio Januário, seus oito baixo tinhoso que só 
Numa serenata feliz vou cantar 
No meu pé de serra festejo ao luar 
Tijuca a luz do arauto anuncia 
Na carruagem da folia, hoje tem coroação! 

Vem festejar 
Na palma da mão 
Eu sou o samba 
A voz do morro 
Não dá pra conter, tamanha emoção 
Cacique e Mangueira num só coração 

Salve a tribo dos bambas 
Onde um simples verso se torna canção 
Salve o novo palácio do samba 
Um doce refúgio pra inspiração 
Debaixo da tamarineira 
Oxóssi guerreiro me fez recordar 
Um lugar... O meu berço, num novo lar 
Seguindo com os pés no chão raiz, que se tornou religião 
Da boêmia dos antigos carnavais 
Não esquecerei jamais 


Firma o batuque que eu quero sambar... ME LEVA! 
A surdo um faz festa 
Esqueça a dor da vida ôôô, Caciqueando na avenida

Sim... Vi o bloco passando 
O nobre rezando, e o povo a cantar 
Sim... Era um nó na garganta 
Ver o Bafo da Onça, a desfilar 
?Chora... Chegou à hora eu não vou ligar? 
Minha cultura é arte popular 
Nasceu em Fundo de Quintal 
Sou Imortal e vou dizer agonizar não é morrer 
Mangueira... Fez o meu sonho acontecer (hei, hei, hei...) 
O povo não perde o prazer de cantar? 
Por todo universo minha voz ecoou 
Respeite quem pôde chegar 
Onde a a gente chegou? 

Salgueiro é amor que mora no peito 
Com todo respeito, o rei da folia 
Eu sou o cordel branco e encarnado 
"danado" pra versar na academia 

Sou "cabra da peste" 
Oh minha "fia", eu vim de longe pro salgueiro 
Em trovas, errante, guardei 
Rainhas e reis e até heróico bandoleiro 
Na feira vi o meu reinado que surgia 
Qual folhetim, mais um "cadim, vixe maria!" 
Os doze do imperador 
Que conquistou o romanceiro popular 
Viagem na barca, a ave encantada 
Amor que vence na lenda 
Mistério pairando no ar 

Cabra macho justiceiro 
Virgulino, é lampião! 
Salve, antônio conselheiro 
O profeta do sertão 

Vá de retro, sai assombração 
Volta pra ilusão do além 
No repente do verso 
O "bicho" perverso não pega ninguém 
Oh meu "padinho", venha me abençoar 
Meu santo é forte, desse "cão" vai me apartar 
Quero chegar ao céu num sonho divinal... 
É carnaval! é carnaval! 
Salgueiro, teus trovadores são poetas da canção 
Traz sua côrte, é dia de coroação 
Não se "avexe" não 
A minha ilha e ouro é prata 
Tem o bronze da mulata 
Canta meu rio em verso e prosa 
Com a cidade ainda mais maravilhosa 

Uma história vou contar 
Tem lendas,mitos e magias 
Era uma ilha onda um povo valente vivia 
Que um grande império conquistou 
Virou cidade das realezas 
O reino unido e seus heróis 
Peguem as armas diz a voz 
De um santo guerreiro 
Os bravos vão lutar cruzar fronteiras 
Com sua fé estampada na bandeira 


Tudo me parece ser real 
Vou dar um cheque - mate nesse carnaval 
Ser ou não ser es a questão 
Tem choro e riso nesse palco de ilusão 

Vão dominar o mar e grandes tesouros 
Guiado pelos olhos da ciência 
Lindos contos vão brotar ... 
Tem luzes na tela , tem paz e amor 
A bola no pé o inglês inventou ... é gol 
Virou nossa paixão 
Eu brindo com chá a nossa união 
Na minha terra tem o reino da folia 
Onde mora a alegria , pode aterrizar 
É a vitória um momento divinal 
Tá acesa a chama pela paz universal 

Tem bububu no bobobó 
Sem sassarico é o "ó" 
Bumbum de fora, pernas pro ar 
Bravo !!! A São Clemente vai passar 

Prepare o seu coração 
É pura emoção 
A sirene acabou de tocar (U-lá-lá) 
A orquestra começou 
E entoou o meu cantar 
Um violino anuncia 
Vem viajar na magia 
Do meu cabaré, com samba no pé 
Vem exibir, pode aplaudir 
Será que é sonho meu? 
"Sucesso aqui vou eu" 

Põe a máscara pra mim 
Vem comigo a hora é esta 
Não sei viver sem você 
És o artista, faz a nossa festa 

De tudo aconteceu 
Puxa! Aqui Paris é avenida 
Hoje o malandro sou eu 
Vi a tristeza feliz da vida 
Dei um susto o fantasma sumiu ( Búuu ) 
Sou irreverente 
Se o samba empolgou, virou carnaval 
Nossa aventura musical 
Noviça dançou, ao som da canção 
E conquistou meu coração... 

Semba de lá, que eu sambo de cá 
Já clareou o dia de paz 
Vai ressoar o canto livre 
Nos meus tambores, o sonho vive 

Vibra óh minha vila 
A sua alma tem negra vocação 
Somos a pura raiz do samba 
Bate meu peito à sua pulsação 
Incorpora outra vez kizomba e segue na missão 
Tambor africano ecoando, solo feiticeiro 
Na cor da pele, o negro 
Fogo aos olhos que invadem, 
Pra quem é de lá 
Forja o orgulho, chama pra lutar 

Reina ginga ê matamba vem ver a lua de luanda nos guiar 
Reina ginga ê matamba negra de zambi, sua terra é seu altar 

Somos cultura que embarca 
Navio negreiro, correntes da escravidão 
Temos o sangue de angola 
Correndo na veia, luta e libertação 
A saga de ancestrais 
Que por aqui perpetuou 
A fé, os rituais, um elo de amor 
Pelos terreiros (dança, jongo, capoeira) 
Nasci o samba (ao sabor de um chorinho) 
Tia ciata embalou 
Com braços de violões e cavaquinhos a tocar 
Nesse cortejo (a herança verdadeira) 
A nossa vila (agradece com carinho) 
Viva o povo de angola e o negro rei martinho 

Tem magia em cada palmeira 
que brota em seu chão 
O homem nativo da terra 
Resiste em bravura 
A dor da invasão 
Do mar vêm três coroas 
Irmao seu olhar mareja 
No balanço da maré 
A maldade não tem fé sangrando os mares 
Mensageiro da dor 
Liberdade roubou dos meus lugares 
Rompendo grilhões, em busca da paz 
A força dos meus ancestrais 

Na casa nagô a luz de Xangô Axé 
Mina Jêje um ritual de fé 
Chegou de Daomé, chegou de Abeokutá 
Toda magia do vodun e do orixá 

Ê rainha o bumba-meu-boi vem de lá 
Eu quero ver o cazumbá, sem a serpente acordar 
Hoje a minha lágrima transborda todo mar 
Fonte que a saudade não secou 
Ó Ana assombração na carruagem 
Os casarões são a imagem 
Da história que o tempo guardou 
No rádio o reggae do bom 
Marrom é o tom da canção 
NA terra da encantaria a arte do gênio João 

Meu São Luís do Maranhão 
Poema encantado de amor 
Onde canta o sabiá 
Hoje canta a Beija-Flor 

Vem no ritmo do Tigre de São Gonçalo 
Alimenta seu povo apaixonado 
Cada porção traz um cuidado especial 
Para o deleite e a emoção no carnaval 

Poema à vida e ao seio jorrando amor 
A seiva materna, 
Meu Porto da Pedra alimentou 
Hera tece o caminho das estrelas 
A loba mãe amamentou o grande império 
Mistério no desperto da solidão 
O mercador viu a transformação 
Do leite em primeiro iguaria 
A fé se envolveu e foi saborear 
Na história, a humanidade vive a cultuar 
Na dádiva que fez o animal sagrado 
Fermentou fartura e saber 
Fonte rica de prazer 

No calor dessa receita, deixa coalhar 
A combinação perfeita ao paladar 
A essência é derivada à mistura dos sabores 
É no mel que se adoça a magia dessas cores 

Seguiu o alimento vencendo batalhas 
Esse doce sabor pelo mundo 
Com o tempo rompendo muralhas 
Brilhou à luz da civilização 
Pelos mares navegou 
Embalando a evolução 
Está em cada mesa, é gosto singular 
Dá nome à sobremesa popular 
E ativa as funções vitais 
Leveza, o equilíbrio se traduz em beleza 
Do dia a dia me refaz 
Yogurte é leite, tem saúde e muito mais 

É por ti que a mocidade canta 
Portinari, minha aquarela 
Rompendo a tela, a realidade 
Na voz da minha Mocidade 

Eu guardei em mim 
A mais linda inspiração 
Pra exaltar em tua arte 
A brasilidade de sua expressão 
Desperta gênio pintor 
Mostra teu talento, revela o dom 
Deixa a estrela guiar 
Faz do firmamento, seu eterno lar 
Solto no céu feito pipa a voar 
Quero te ver qual menino feliz 
Planta a semente do sonho em verde matiz 

Emoção, me leva... 
Livre pincel a deslizar 
Vou navegar, desbravador 
Um errante sonhador 

Voar pelas asas de um anjo 
Num céu de azulejos pedir proteção 
Vida de um retirante 
No sol escaldante que queima o sertão 
Moinhos vencer... Histórias de amor 
Riscar poesias em lápis de cor 
Você, que do morro fez vida real 
Pintou nossos lares num lindo mural 
Você, retratando a alma, se fez ideal 
Meu samba canta mensagens de "guerra e paz" 
Seu nome será imortal em nosso carnaval 

Sou Imperatriz! Sou emoção! 
Meu coração quer festejar! 
Ao mestre escritor, um canto de amor 
Jorge Amado, Saravá! 

Ave, Bahia sagrada! 
Abençoada por Oxalá! 
O mar, beijando a esperança, 
Descansa nos braços de Iemanjá. 
Menino amado... 
Destino bordado de inspiração. 
Iluminado... 
Vestiu palavras de fascinação. 

Olha o acarajé! Quem vai querer? 
Temperado no axé e dendê 
Quem tem fé vai a pé... Vai, sim! 
Abrir caminhos na Lavagem do Bonfim 

O vento soprou 
As letras em liberdade. 
Joga a rede, pescador! 
O povo tem sede de felicidade. 
A brisa a embalar 
Histórias que falam de amor. 
Memórias sob o lume do luar. 
O doce perfume da flor. 
Ê bahia! ê Bahia! 
Dos santos, encantos, magia. 
Kaô Kabesilê! Ora Iê Iê Oxum! 
Tem festa no pelô. 
Na ladeira, capoeira mata um. 

Madureira sobe o Pelô... Tem capoeira 
Na batida do tambor... Samba ioiô 
Rola o toque de olodum... Lá na Ribeira 
A Bahia me chamou 

Meu rei 
Senhor do Bonfim alumia 
Os caminhos da Portela 
Que eu guardo no meu patuá 
Eu vim com a proteção dos meus guias 
Com Clara Guerreira à Bahia 
Cheguei, eu cheguei pra festejar 
Deixa levar, nos altares e terreiros 
Tem jarro com água de cheiro 
Vou jogar flores no mar 

No mar 
Procissão dos navegantes 
Eu também sou almirante 
De nossa Senhora Iemanjá 

Vou no gongá 
Bater tambor 
Rezo no altar 
Levo o andor 
Vem chegando os batuqueiros 
Desce a ladeira meu amor 
Que a patuscada começou 
Eu vim pra rua 
Que o samba de roda chegou 

Iaiá 
De saia rendada em cetim 
Bota o tempero na festa 
Oi, tem abará e quindim 

Portela cheia de encantos 
Acolhe a bahia em seu canto 
De festas, rezas, rituais 
Vestido de azul e branco 
Eu venho estender o nosso manto 
Aos meus santos do samba que são Orixás